Publicado em: 14/10/2021
Uma epidemia causada pelo Herpes vírus Equino (EHV – Equine Herpes Vírus), também conhecido como Rinopneumonite, registrada a partir do início deste ano na Europa, tem preocupado criadores de cavalos de todo o mundo.
O vírus de herpes equino é transmitido pelo ar e já foi encontrado em várias partes do planeta, porém a nova cepa que surgiu em Valência, na Espanha, é o que vem tirando o sono da comunidade hípica internacional. Os primeiros registros do surto ocorreram no dia 21 de fevereiro, durante uma competição de hipismo que ocorria na cidade.
Sobre a chegada do vírus no Brasil, já existe ocorrência de casos neurológicos causados pelo vírus desde 2005. Sobre o vírus causador dos casos na Europa, especialistas afirmam que é uma mutação do tipo 1, sendo provavelmente uma que já foi detectada no Brasil.
Caém - Em Caém, alguns criadores de cavalos e burros estão preocupados, tendo inclusive desconfiados de que a doença já tenha chegado na região, de acordo relatos que circulam na região. O secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, Rafael Muricy, diz compreender a preocupação dos criadores, afirma que não existe registro oficial da doença na redondeza e que sua secretaria está atenta com relação à situação. “Não temos nenhum caso confirmado de Rinopenumonite em nosso município, ainda que não chegamos em todos os animais, em todas as regiões constatamos normalidade nos rebanhos, mas precisamos ficar atentos para que qualquer suspeita seja comunicada para que possamos orientar os criadores e tomar as medidas cabíveis”, disse o secretário.
Herpes Vírus Equino - A Rinopenumonite Equina é uma doença causada pelos Herpes vírus Equinos tipo 1 (EHV-1) e tipo 4 (EHV-4) e não possuem caráter zoonótico. Ou seja, não há transmissão da doença para seres humanos. Os cavalos podem apresentar dificuldades respiratórias, febre e, em alguns casos, sintomas neurológicos que podem levar o animal ao óbito. Éguas em gestação podem sofrer aborto. Esta forma agressiva de sintomatologia neurológica possui alta capacidade de disseminação e com potencial de ser fatal. Sua transmissão ocorre por inalação de aerossóis oriundos de secreções respiratórias de indivíduos em fase aguda, fômites, através de objetos, materiais de montaria. Além disso, pode ser carreada por pessoas que lidam com os animais, através de água e alimentos contaminados, tecidos de fetos abortados e de fluidos placentários de éguas infectadas.